5 Dicas Não Óbvias para Driblar a Inflação dos Alimentos
Para quem não viveu a hiperinflação dos anos 80, a inflação dos alimentos nos últimos meses têm sido uma novidade. Cada ida ao supermercado (real ou virtual) é um susto!
Claro que tivemos épocas em que um alimento específico ficava super caro (lembram da Ana Maria com um colar de tomates?), mas agora estamos meio sem saída: tá tudo caro!!
E como podemos tentar driblar os impactos da inflação na nossa alimentação?
Vamos tentar ir além daquelas coisas óbvias, como “troque a carne pelo ovo”, e dar exemplos de receitas que podem ilustrar o exemplo e ajudar você a se organizar nesse cenário.
1. Use as carnes em cortes que façam elas renderem.
Use cubos, iscas ou carne moída. O que fazer com isso, vai do seu bolso:
- Se você comprar carne de segunda, sua melhor amiga é a panela de pressão.
E tem um monte de receita que sai do óbvio “carne + molho de tomate”, como essa de carne com molho de cebolas carameladas. Leva pouquíssimos ingredientes e fica deliciosa!
- Se você comprar carne de primeira, dá para usar como base esse tipo de receita aqui, de picadinho oriental.
Mas que fique claro: ela é uma base! Mesmo que você não tenha os ingredientes “exóticos” (eu raramente tenho), não deixe de fazer.
Faça substituições e a receita vai ficar ótima!
Quanto aos legumes, vá trocando de acordo com o que tiver em casa ou o que estiver barato na feira (respeitando os respectivos tempos de cozimento, claro).
2. Aprenda a usar os alimentos da época – mas ANTES, procure boas receitas para usá-los.
Há umas semanas, tomei um susto: UMA abobrinha estava custando R$ 2,50!!!! Uma unidade!!!
Apesar de ser uma fã de abobrinha (sério, amo!), tive que deixar pra lá.
Como compro a feira online, dá tempo de ver o que está mais barato e procurar receitas legais para usar essas verduras e legumes.
Se não achar receitas boas, nem compro – senão o pobre legume vai morar na geladeira até morrer…
Ah, e sabe que até um chuchu pode nos dar muita alegria? Sugiro que você faça essa receita da Rita Lobo, e nunca mais verá um chuchu com os mesmos olhos… Uma dica: em vez de usar 1/2 cebola, use um dente de alho.
3. Elabore um menu semanal, para você controlar a “distribuição” de carnes, grãos e outros.
Quando a carne está muito cara, a gente tem que driblar a inflação sem descuidar da nutrição da família – principalmente quem tem criança em casa.
Então é bom elaborar um menu semanal para controlar melhor a distribuição dos alimentos.
Assim, você evita comer carne 3 dias seguidos e ficar vários dias sem, ou comer dias de macarrão e depois dias de arroz…
E se você ainda não está convencido da importância de um menu semanal, leia esse artigo aqui:
https://economiaemcasa.com.br/menu_semanal/
4. Conheça alternativas para o arroz – e não só para driblar a inflação.
Em alguns lugares, o arroz atingiu preços absurdamente caros. E apesar de ser a base da nossa alimentação e impossível de ser substituído à altura, é bom conhecer alternativas – até para variar os nutrientes.
Podemos ir além do macarrão: polenta (o saco é pequeno, mas ela rende bastante), farinhas para farofas, batatas…
Aliás, a polenta instantânea foi uma das grandes descobertas da quarentena para nós. Ela fica pronta muito rápido e salva naqueles dias corridos.
Vale a pena dar uma olhada nos preços e decidir o que for melhor para sua família.
5. Verifique os preços dos legumes congelados – você pode se surpreender.
Por incrível que pareça, muitas vezes os legumes congelados estão mais em conta que os frescos, principalmente se considerarmos que, nos congelados, o aproveitamento é integral.
Há semanas que o brócolis não baixava de 6 reais a unidade pequena (!), e o saco de 1 kg congelado estava em torno de 13 reais.
Ora, como no congelado só vem os floretes, é mais barato e mais rápido comprar o congelado.
Se, por exemplo, você vai fazer brócolis no vapor, ou mesmo como cuscuz, não tem muita diferença no sabor usar um ou outro. Então vamos ajudar o bolso e ganhar tempo.
E agora?
Como sempre falamos, não é fácil dar conta de uma casa: comida, limpeza, cuidar das finanças, educação dos filhos… E a inflação vem para colocar uma dificuldade a mais nas nossas vidas.
Mas, como infelizmente não é fácil mudar o cenário em que vivemos, nos resta aprender a viver da melhor maneira que conseguirmos.
Afinal, com inflação ou sem, nossa vida está passando.
Até a próxima!